quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cruzo
o mapa
Na linha
vermelha
Da veia
aberta
corto
rasgo
me faço
brisa
vento
furacão
Enfeitiço
o tempo
sem
ponteiros
corro
velejo
nas cores
miúdas
de cada
pedaço
do mundo
No galope
na garupa
do cometa
sem lupa
nua
crua
brinco
sem
argola
na viola
na toada
entoada
de uma
lua
encantada

Claudia Corbisier
Suando
no grito
rouco
acordou
era sonho
verdade
filme
TV ligada
Vizinho
sonho
do amante
vida
da noite
água
ducha
fria
chá
de
camomila
edredon
embaixo
da cama
em cima
sofá
cachorro
carente
querendo
brincar
janela
vizinho
dormindo
rua quieta
caminhão
de lixo
barulha
tudo
os sacos
que foram
agonia
não vai
suando
dormir
depois
bem depois.

Claudia Corbisier

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Na curva
do tempo
rasgo
a fantasia
escuto
a lágrima
do vento
solto
o leme
me lanço
fora
do trilho
procuro
a música
no silêncio
ganho
um
afago
da estrela
que
distraída,
brincou de roda
lá no céu.

Claudia Corbisier