Namoreio o céu. Despenteada. Esperneada. Aceito a mão da lua morena. Deito no colo do cometa. Entrego a vida. O destino. A sorte. O caminho cósmico. Me enrolo no cobertor das estrelas. Cadentes. Incandescentes. Galáxias moram nas minhas veias. Incendeiam corpo e alma. O infinito me pergunta - por onde é?
terça-feira, 31 de julho de 2012
Queria me lançar no véu das estrelas. Seguir no mergulho insólito do cosmos que insiste. Segurar o sol com as mãos e deitá-lo na rede branca da lua quieta. Despir o mundo da roupa estranha que o desfigura. Queria segurar as palavras torpes na ponta do lápis. Engolir o fel que vem das ruas. Vestir o moço magro sem perna que dorme exausto na calçada, de alguma dignidade. Queria juntar o bem e o mal me quer. Sim. Queria tanto.
Na ponta da agulha. Sim. Doida de dor. Viver é ácido. Cada um. Cada nenhum. De joelhos a moça não reza. Estranhas entranhas remexidas. A carruagem passa indiferente. O sublime se derrama em cada flor que nasce. Sem aviso. O tropeço da ordem espanta. Há dúvida na rua que barulha. Sim. O tempo não regenera. A moça vesga vê o mundo ao contrário. De ponta cabeça. Sim. Assim.
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