segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VIRA




Vira, vira, vira mundo

Roda forte
me amassa

me torce
roda que roda
vira que vira
vai que vai
sem medo
sem covardia
aperta o nó
desata o choro
amarga o doce
vai, vira, roda
solta a âncora
chama o leão
acende o céu
sobe o everest
sem mosquetão
vai, vira, roda
gira o pião
roda a saia
amassa o sonho
faz um avião
vai, gira, roda
se espatifa
no chão
grita alto
alardeia a vida

Claudia Corbisier

Um comentário:

  1. parabéns! Lindo seu blog, ótimo os seus poemas. Sorte dos seus pacientes, é raro uma psicalista que faça poesia.
    beijos, Lau

    ResponderExcluir