sexta-feira, 6 de dezembro de 2013


Vai
Vem
Roda
Sopra
Forte
Rodopia 
Segura
Firme
Assim
A nuca
O coração
Da moça
Vai
Volta
Desenha
A vida
Esculpe
O vento
Descobre
O acaso
A vida 
É perto
É agora
Vem
Peço
Perdão
No olho do furacão
Na curva do coração
Um aperto de mão
Há muito tempo
Um tempo
Algum tempo
No tempo
Uma roda gigante
Flores no lençol azul
Na minha chegada.
Endereço errado
Risada adolescente
Biombo batendo
O amor em estado puro
Aos pés da estátua da liberdade
Peço
Salvação
Um pouco de sorte
Sensação de norte
O aperto de mão
A bússola do coração
Aponta
A flor negra
Que pousou naquele quadro
Pra nunca mais sair.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

A poesia 
Vai
Vem
Revem
Desvem
Brinca 
De esconder
Conta histórias
Dorme
feito criança
Sonha 
Sonhos de morango
Surpreende
Prende
Solta
Conhece
A impossibilidade
A possibilidade
Da vida.


O beijo da aranha
no suor da teia
na tela da noite
na bainha do sonho
à beira do abismo
escorre
Lateja nas patas
no corpo invisível
na veia derramada
à procura insana
do filamento perdido
Desfila sem sangue
na delicada acrobacia
na linha tênue
à procura do vão
de uma entranha
de um coração
na coragem ingênua
da busca
sem medo
da vida frágil
que a mão impiedosa
agarra sem pena
joga no lixo
toda uma vida
da aranha
atrevida de sonhos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012


Afoga. O fogo. Afaga. O vento. Afunila. A dor. Afunda. A fenda. Agoniza. O amor. Ameniza. O pudor. Apura. O sabor. Alumia. A sombra. Aceita. O imponderável. Acaba. O poema.


  1. A poeira dorme do outro lado do mundo. A areia quente esconde a doçura da água. O momento se espreguiça no relógio. O sopro dá volta nas entranhas. A lágrima dança no queixo trêmulo. Do suor dos corpos vem a tempestade. As veias se derramam pelos mares do mundo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


Eu vou. Volto. Acredito? Arrisco. Petisco. Saboreio? Piso. Despiso. Sinto? Vivo. Desvivo. Será?