quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
AURORA
O SEGREDO APENAS SE ESBOÇA,
O SENTIDO MURMURA,
PARA OS OUVIDOS ATENTOS,
UM ACALANTO INESPERADO.
AS PALAVRAS SE CRUZAM,
O SILENCIO ACORDA SONHADORES DISTRAIDOS,
DE MUNDOS DISTANTES.
OS SINOS SE IMOBILIZAMA,
OS OLHOS DESLIZAM,
DESPERTANDO ALMAS INQUIETAS,
QUE DESCOBREM O BALANÇO DO MUNDO.
Claudia Corbisier
Blusa de Banlon - 1977 Relume Dumará
O SENTIDO MURMURA,
PARA OS OUVIDOS ATENTOS,
UM ACALANTO INESPERADO.
AS PALAVRAS SE CRUZAM,
O SILENCIO ACORDA SONHADORES DISTRAIDOS,
DE MUNDOS DISTANTES.
OS SINOS SE IMOBILIZAMA,
OS OLHOS DESLIZAM,
DESPERTANDO ALMAS INQUIETAS,
QUE DESCOBREM O BALANÇO DO MUNDO.
Claudia Corbisier
Blusa de Banlon - 1977 Relume Dumará
sábado, 16 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Correndo bem devagar/ voando nas luzes/ dos vagalumes insensatos/ abrindo a porta da imensidão/ olhando pelas cinzas / do que já me viveu/carregando a sede dos miseráveis/ bebendo do sonho que me carrega/ seguindo com a palavra que me escorrega/ viajando nas letras absurdas/ de um singelo querer.
Claudia Corbisier
sábado, 2 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
RETRATO
no trânsito
pela janela
no ônibus
estava ela
olhar vivo
cansado
a alça da bolsa
esgarçada
cabelo preso
meio desarrumado
jeito coorajoso
blusa velha
de banlon
assim ia
parecendo
indiferente
a todo
e qualquer
solavanco
da vida
do õnibus
do pessoal do lado
do sinal
que não abria.
BLUSA DE BANLON
CLAUDIA
CORBISIER1
no trânsito
pela janela
no ônibus
estava ela
olhar vivo
cansado
a alça da bolsa
esgarçada
cabelo preso
meio desarrumado
jeito coorajoso
blusa velha
de banlon
assim ia
parecendo
indiferente
a todo
e qualquer
solavanco
da vida
do õnibus
do pessoal do lado
do sinal
que não abria.
BLUSA DE BANLON
CLAUDIA
CORBISIER1
domingo, 26 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Não sei onde é/ De onde vem/ Pra onde vai/ É desasossego/ É primavera que chora as flores/ É bumba meu boi/ É sal do canto do mar/ É começo no fim/ É espanto no olho/ O cigarro que me fuma/ O cheiro que me engole/O amor se despe/ Pelo avesso/ As lágrimas que me querem/ É lua que me desatina.
Claudia Corbisier
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Risco o asfalto com o passo torto/Engulo os sonhos sem água/ Bebo o néctar na boca do mundo/ minha voz mastiga o joio e o trigo/ Me deito no minuto que já é ontem/ descombino cores/ amasso o refrão da imagem vazia/ alinhavo letras que conversam/ rezo pro santo sem cabeça/ Ajoelho no altar dos desvalidos/ costuro a vida com a linha do meu sangue.
Claudia Corbisier
Claudia Corbisier
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Desventa
O vento não calcula/ espanta a alma dos ébrios/ suga o ardor de cada gota de sangue/ esmaga o peito/ não esgota/ desemboca na ardência insondável/ volatiliza a pedra dura/ insuporta o cheio/ o nada do cheio/ o calor da alma queimada/ supura o veio de cada rio/ desmergulha na neve negra/ não quer o sercomum/ sopra nas unhas frescas/ veredito de cada nota/ mal dita/ não suga o mel/ come a abelha/ espantalho das noites suadas/ amaldiçoa o que não é/ mastiga a besta vida com a força dos inocentes.
Claudia Corbisier
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Afoita afeita afora nesse mundão, vou. Desço pelas escadas do improvável infinito. Caminho sem pé. A cabeça vai de chapéu no ônibus do sonho. Rolo pela escadaria do gesto colorido. Unidade só na umidade da terra de chuva. Palavras dançam no silêncio das flores espantadas. O corpo mora na raiz de cada segundo que o tempo derrama. Vida que captura o sim e o não.
Claudia Corbisier
sábado, 4 de setembro de 2010
Na rua não está. Na mão não cabe. Na cabeça estoura. No corpo implode. No pé sapato apertado. Cabeça sem chapéu. Suspiro que engole. Língua que encolhe. Dente morde que não corta. Brinco amassa a orelha. Ouvido na boca surda. Pupila de nariz preta. Rosto que rosna. Cabelo de cortina cobre. Dedo de anel proibido. Sempre na raiz é possível.
Claudia Corbisier
Na veia mais profunda escorre o sol das entranhas. Entranhas abertas pelo acaso. O punhal colorido implacável rasgou as vísceras. A dor grita no silêncio do corpo. De fora não vê. De dentro alucina. Sente o gosto impalpável do afeto emudecido. Não há centro. A vida rodopia. No pião colorido do terno eterno provisório.
Claudia Corbisier
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
VIRA
Roda forte
me amassa
me torce
roda que roda
vira que vira
vai que vai
sem medo
sem covardia
aperta o nó
desata o choro
amarga o doce
vai, vira, roda
solta a âncora
chama o leão
acende o céu
sobe o everest
sem mosquetão
vai, vira, roda
gira o pião
roda a saia
amassa o sonho
faz um avião
vai, gira, roda
se espatifa
no chão
grita alto
alardeia a vida
Claudia Corbisier
Inocência perdida
O traço oblíquo
indica a redencão
da elegia da reta
o ovo em pé
desafia dogmas
espanta
a verdade
dita
desnorteia
a teia da ilusão
a palavra certa
desencapa
a miséria
da mentira
o gesto livre
apunhala
a servidão
o sorriso franco
confunde
a hipocrisia
a mão generosa
fere
os corações mesquinhos
o amor genuíno
assusta
os pobres de espírito
a alegria de criança
atormenta
os bem pensantes
o livre arbítrio
bombardeia
tudo que vale a pena
quando a alma
é pequena
Claudia Corbisier
domingo, 29 de agosto de 2010
O garoto e o balão
Viu?
Foi lá
o garoto
descalço
queria
o balãovermelho
cor
do telhado
da casa
sonhada
o balão
subiu
o sonho
do garoto
virou
balão
Claudia Corbisier
As Time goes by
espera
vou
relógiocadê?
pernas
olho
dedo
cadê?
espera
vou
sim
bolso
um real
não
dá
vou
espera
procuro
relógio
cadê?
espera
vou
o
acaso
já
vem
Claudia Corbisier
Assim
Contato
Contraste
preto
fora
do branco
Contrato
metáfora
do carteiro
poeta
a
menina
sonhava
a mãe
desgostou
contato
de alma
fluxo
cósmico
deus
estava
distraído.
Claudia Corbisier
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Momento FB
Momento
Eu
vocês
os
gatos
Eu
vocês
os
gatos
a música
o afeto
a Espn
house
café
uma
buzina
law
and
order
bobagens
leilões
canal
proibido
poesia
ganso
coitado
horóscopo
ronaldo
gordo
amigos
cigarro
água
de bolinha
chocolate
amargo
lupícinio
Lester
falta
silvinha
posts
mundos
e fundos.
o afeto
a Espn
house
café
uma
buzina
law
and
order
bobagens
leilões
canal
proibido
poesia
ganso
coitado
horóscopo
ronaldo
gordo
amigos
cigarro
água
de bolinha
chocolate
amargo
lupícinio
Lester
falta
silvinha
posts
mundos
e fundos.
É.
Agora?
Foi
lá
sim
o beijo
selou
o quê?
ali
não
foi
será?
o abraço
soltou
foi?
não sei
viu?
lá
longe
muito
que foi
que foi lá
que nada
vi.
Foi
lá
sim
o beijo
selou
o quê?
ali
não
foi
será?
o abraço
soltou
foi?
não sei
viu?
lá
longe
muito
que foi
que foi lá
que nada
vi.
Passeio
No tempero
ácido
do
chão
encardido
a folha
vaga
escorrega
passeia
entra
sai
vai
vem
sobe
desce
se amassa
visita
a rua
vadia
ácido
do
chão
encardido
a folha
vaga
escorrega
passeia
entra
sai
vai
vem
sobe
desce
se amassa
visita
a rua
vadia
domingo, 22 de agosto de 2010
Inverno
frio
alguém?
gritos
sensação de coisa
sonho
oco
frio
alguém?
trilhos
torto
impressão
de nuvem
mão atada
gesto
que
não
sabe
frio
alguém?
alguém?
gritos
sensação de coisa
sonho
oco
frio
alguém?
trilhos
torto
impressão
de nuvem
mão atada
gesto
que
não
sabe
frio
alguém?
segunda-feira, 19 de julho de 2010
fluxo
a vida
segue
suga
suspira
se engana
separa
sequestra
se ilumina
se apressa
se conta
se veste
de bailarina.4
suspira
se engana
separa
sequestra
se ilumina
se apressa
se conta
se veste
de bailarina.4
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 31 de janeiro de 2010
suspiro
Virá
virar
girar
o giro
o moinho
terá
mãos
de
arqueiro
olhos
de oceano
alma
de gente
prosa
sincera
pernas
de andarilho
beijo
de poesia
sono
manso
sossego
de
rede
coracão
que toca
pés
que
andam
na terra
azul
virá?
virar
girar
o giro
o moinho
terá
mãos
de
arqueiro
olhos
de oceano
alma
de gente
prosa
sincera
pernas
de andarilho
beijo
de poesia
sono
manso
sossego
de
rede
coracão
que toca
pés
que
andam
na terra
azul
virá?
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Passagem
Bem longe
lá
embaixo
da América
bem Sul
ponta do mapa
outro mar
outro mundo
por ali
bem longe
tão longe
as mãos
nunca
estiveram
tão juntas
Claudia Corbisier
lá
embaixo
da América
bem Sul
ponta do mapa
outro mar
outro mundo
por ali
bem longe
tão longe
as mãos
nunca
estiveram
tão juntas
Claudia Corbisier
No baile
Foi mesmo?
a lua
escondida
as flores
quietas
o mar
dormia
Foi mesmo?
palavras falaram
sózinhas
sem colo
do coração
sem a ternura
dos amantes
no baile
do acaso
Foi mesmo?
a lua
escondida
as flores
quietas
o mar
dormia
Foi mesmo?
palavras falaram
sózinhas
sem colo
do coração
sem a ternura
dos amantes
no baile
do acaso
Foi mesmo?
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Sim?
Sonho
assim
passado revolto
ondas de ressaca
sim
medo da onda
me sumir
sonho assim
onda sem fim
sim
cansaço de sonho
sonho assim
sem trégua
nem régua
sim
sonho assim
sim
talvez
um dia
um fim?
assim
passado revolto
ondas de ressaca
sim
medo da onda
me sumir
sonho assim
onda sem fim
sim
cansaço de sonho
sonho assim
sem trégua
nem régua
sim
sonho assim
sim
talvez
um dia
um fim?
domingo, 24 de janeiro de 2010
O Posto III
O posto
a postos
carrefour
de sonhos
caminhos
cigarros proibidos
não ali
no posto
a voz
abastece
o coração
aflito
calibra
a pressão
de longe
a vida
fica
mais leve
a postos
carrefour
de sonhos
caminhos
cigarros proibidos
não ali
no posto
a voz
abastece
o coração
aflito
calibra
a pressão
de longe
a vida
fica
mais leve
O Posto II
O posto
a postos
aposta
alforria
no combustível
da voz
do outro lado
do telefone
aposta
na vida
no posto
fica
a postos
voa
chega
no chão
enfim
a postos
aposta
alforria
no combustível
da voz
do outro lado
do telefone
aposta
na vida
no posto
fica
a postos
voa
chega
no chão
enfim
O Posto
No posto
sem imposto
se impôe
a aposta
única
certa
vai
arrisca
viver
sem borracha
pega
a gasolina
enche o coração
pega a estrada
o caminho
certo
sem imposto
se impôe
a aposta
única
certa
vai
arrisca
viver
sem borracha
pega
a gasolina
enche o coração
pega a estrada
o caminho
certo
Moço
Vem moço
desce do mapa
pelas tuas veias
no contorno
incontido
de curvas
antigas
vem moço
por terras
mares
alcançar
a estrela
que se perdeu
desce do mapa
pelas tuas veias
no contorno
incontido
de curvas
antigas
vem moço
por terras
mares
alcançar
a estrela
que se perdeu
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Assim
Vou sim
espera
agora
não sei
acordei
há pouco
um café
um olho
aberto
vou sim
espera
agora
lá fora
não sei
vai ver
sonhei
espera
agora
não sei
acordei
há pouco
um café
um olho
aberto
vou sim
espera
agora
lá fora
não sei
vai ver
sonhei
sábado, 16 de janeiro de 2010
O traço oblíquo
indica a redenção
da elegia da reta
o ovo em pé
desafia dogmas
espanta
a verdade dita
desnorteia
a teia da ilusão
a palavra certa
desencapa
a miséria da mentira
o gesto livre
apunhala
a servidão
o sorriso franco
confunde
a hipocrisia
a mão generosa
fere
os corações mesquinhos
o amor genuíno
assusta
os pobres de espírito
a alegria de criança
atormenta
os bem pensantes
o livre arbítrio
bombardeia
tudo que vale a pena
quando a alma é pequena
indica a redenção
da elegia da reta
o ovo em pé
desafia dogmas
espanta
a verdade dita
desnorteia
a teia da ilusão
a palavra certa
desencapa
a miséria da mentira
o gesto livre
apunhala
a servidão
o sorriso franco
confunde
a hipocrisia
a mão generosa
fere
os corações mesquinhos
o amor genuíno
assusta
os pobres de espírito
a alegria de criança
atormenta
os bem pensantes
o livre arbítrio
bombardeia
tudo que vale a pena
quando a alma é pequena
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
segundo
O peito
abriga
o cheiro
das cinzas
o ar
onde está?
volta logo
sem sinal
no vitral
sem reflexo
o peito
o cheiro
o ar
não estão.
abriga
o cheiro
das cinzas
o ar
onde está?
volta logo
sem sinal
no vitral
sem reflexo
o peito
o cheiro
o ar
não estão.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Imagem
A flor inocenta o gesto
o ato impróprio
resignado enfim
enfeitiça
o gesto rebelde
no espelho manchado
a flor desfaz
as pétalas
das palavras secas
dedos escorrem
no corrimão azul
da casa vazia
o cheiro do absurdo
apaga
a última vela
Claudia Corbisier
o ato impróprio
resignado enfim
enfeitiça
o gesto rebelde
no espelho manchado
a flor desfaz
as pétalas
das palavras secas
dedos escorrem
no corrimão azul
da casa vazia
o cheiro do absurdo
apaga
a última vela
Claudia Corbisier
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