quinta-feira, 20 de junho de 2013

O beijo da aranha
no suor da teia
na tela da noite
na bainha do sonho
à beira do abismo
escorre
Lateja nas patas
no corpo invisível
na veia derramada
à procura insana
do filamento perdido
Desfila sem sangue
na delicada acrobacia
na linha tênue
à procura do vão
de uma entranha
de um coração
na coragem ingênua
da busca
sem medo
da vida frágil
que a mão impiedosa
agarra sem pena
joga no lixo
toda uma vida
da aranha
atrevida de sonhos.

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